Com o nascimento das meninas, Helena e Ricardo não tinham tempo para mais nada a não ser para cuidar das filhas, mas alguém tinha que ir trabalhar para pôr comida dentro de casa, afinal saco vazio não para em pé e Helena já trabalha em casa mesmo.
Então após uma semana do nascimento das gêmeas, Ricardo voltou ao trabalho. Lá chegando todos os esperavam muito alegres para receber o mais novo papai da faculdade. Muitos parabéns, abraços e perguntas, mas o que Ricardo queria mesmo era voltar à rotina de projetos, relatórios e contas, já que não dava aulas e sim cuidava da parte administrativa da faculdade. Assim que sentou em sua cadeira em sua sala, sua secretária ligou:
-Senhor Ricardo, o Dr. Matheus o espera em sua sala.
-Estou indo agora mesmo para lá. -respondeu Ricardo.
Bateu na porta do chefe, o mais bravo de toda a faculdade, mas que também era um bom homem e que considerava Ricardo como um filho, tendo em conta que tinha idade para isso.
-Com licença Doutor, minha secretária anunciou que queria falar comigo. Cheguei hoje após a semana de folga dada a mim pelo senhor devido ao nascimento de minhas filhas, que por sinal são lindas. –tirou de sua carteira uma foto que havia revelado há um dia.
-Meus parabéns! Realmente suas filhas são lindas. Mas sente-se, por favor.
Obedecendo ao pedido do Dr. Matheus, sentou-se.
-Sei que você é formado em matemática, e pode lecionar.
-Sim, não faço isso, pois não tive oportunidade...
-Pois eu vou te dar essa oportunidade.
Ricardo quase caiu para trás quando ouviu “eu vou te dar essa oportunidade”. Lecionar sempre foi seu sonho, apesar do salário não recompensar todas as suas qualidades e dos demais professores sempre quis dar aulas para adolescentes e até mesmo adultos. Achava que um bom cidadão tinha o dever de ensinar as coisas boas que sabe e que nem precisa ser professor para isso.
Com Ricardo afundado na cadeira e em seus pensamentos o silêncio reinou na sala e fora interrompido pela tosse de Matheus.
-Desculpe-me -disse- Mas como eu estava falando vou te dar essa oportunidade de você realizar esse seu sonho de lecionar. Ricardo! Te conheço há muito tempo, na verdade desde quando você tinha dez anos, você sempre foi muito inteligente e sempre adorou matemática e sempre quis dar aulas, mas nunca fez isso por falta de oportunidade. E agora que estou prestes a realizar esse tão humilde sonho você não me diz nada?
-Mas... Por que prestes a realizar?
-Porque só realizarei se você quiser.
-Hã... é cla... claro que e... eu quero. Mas como, quando e onde?- disse Ricardo se levantando da cadeira de tanta alegria.
-Vamos por partes tudo bem? –Respondeu Matheus tentando fazer com Ricardo se sentasse.
-Sim. –disse sentando-se.
Ricardo estava nervoso, sim muito nervoso, mas também muito feliz.
-Quero montar um grupo de apoio a adultos que não tiveram oportunidade de estudar quando crianças e adolescentes, mas para isso preciso de professores e só falta o de matemática. Foi então que me lembrei de você, que sempre quis dar aula e ama ajudar ao próximo. Então se você aceitar realizará seu sonho e ajudará a muitas pessoas.
-Mas é claro que eu aceito. Mas onde serão essas aulas?
-Aqui mesmo na faculdade, e serão no período noturno, mas como penso muito em meus funcionários, cada um virá três vezes por semana, para não ficar trabalhando durante a noite todos os dias.
-Perfeito! O senhor é mesmo um gênio, pode contar comigo. Posso pedir uma coisinha?
-Claro!
-As minhas aulas podem ser de segunda a quarta?
-Como quiser, são três dias da semana, certo? Então está tudo certo. Pode ir agora... Ah vou visitar suas filhas qualquer dia desses está bem?
-Receberemos o senhor com todo o prazer. Agora vou indo para fazer o relatório sobre as mensalidades deste mês. E muito obrigado por essa oportunidade.
Ricardo não podia estar mais feliz. Suas filhas nasceram lindas e cheias de saúde e seu chefe havia lhe dado a oportunidade de realizar seu sonho. Tudo estava perfeito.
Em casa, a mãe de Helena estava lhe ajudando com as gêmeas que davam trabalho em dobro.
-Mamãe estou tão feliz. É tão bom ser mãe...
-Claro Helena, quando você nasceu me senti assim também, mas você deve estar sentindo isso em dobro não é mesmo?
-Com certeza!
O dia foi escurecendo e Ricardo chegou radiante para o jantar. Trazia flores para a esposa e também para o quarto de Clara e Beatriz.
-Flores para as mulheres da minha vida. –tirou uma flor para entregar à sogra.
-Nossa! Quanta felicidade! –disse Helena
E Ricardo contou a notícia que deixou ambas as mulheres contentes.
-Que bom querido, seus maiores sonhos se realizando: ser pai e dar aulas. – disse Helena.
-Sim, literalmente minha vida está completa. Voltei ao meu trabalho, de cara recebi uma ótima notícia e quando chego em casa encontro o lindo olhar e sorriso de minha esposa.
E deu um beijo em Helena.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Capítulo 2 – Chegando em casa
Após o nascimento de Clara e Beatriz, Helena e as gêmeas não ficaram nem uma semana no hospital, já que o parto fora normal e a recuperação é mais rápida.
O quarto das novas integrantes da família já estava pronto desde que souberam o sexo das gêmeas. A parede que se encontrava do lado oposto a porta estava pintada de lilás, as outras de branco. Havia quadros pintados por Helena, uma artesã de mão cheia, nas paredes. Os berços se encontravam encostados na parede lilás. A cortina, também lilás, trazia desenhos de duas meninas idênticas brincando. O guarda-roupa, perto da porta, a cômoda com o trocador, do lado oposto a janela, a poltrona do lado da mesma aguardavam a chegada das pequenas irmãs Clara e Beatriz.
A chegada foi acompanhada apenas de Ricardo e Helena com as meninas, que já traziam em seus finos pulsos as pulseirinhas com seus nomes para não haver confusão.
-Como estou feliz com o nascimento das nossas filhas, peço a Deus que elas se tornem meninas incríveis e de muita responsabilidade. –dizia Ricardo ao entra com pé direito no quarto das gêmeas, onde colocara na porta a mesma plaquinha que pusera na porta do quarto do hospital.
-Sim querido, basta educarmos e criarmos as meninas com muito amor e carinho. –respondeu Helena.
Clara começou a chorar e berrar de olhos e mãos fechados, o que mostrava que estava com cólica.
Helena que a segurava sorriu e começou a lhe dar o leite materno, já que não podia dar chá. Após dois minutos, Clara já estava tranqüila e dormindo.
No entanto Beatriz começou a chorar e berrar da mesma forma que Clara havia feito há uns quatro minutos atrás. Helena fez o mesmo que fez com Clara.
Com as gêmeas dormindo, Helena foi tomar um banho enquanto seu marido fazia um lanche bem natural para os dois, pois já não agüentavam mais a comida sem sal do hospital.
Saindo do banho, ela foi direto para a cozinha.
-Estou bem melhor agora!-disse
-Sente-se, fiz lanche para nós dois.
-Obrigada.
-De nada, sempre faço lanche para...
Ricardo foi interrompido por um beijo de sua amada esposa.
-Não estou agradecendo pelo lanche, mas sim pelas filhas lindas que você me deu.
-Eu te amo mais que tudo nessa vida, porque você e as meninas são a minha vida.
-Eu te amo para todo o sempre.
Nesse instante ouviram choro.
-Temos uma longa jornada pela frente hein. -disse Ricardo
-Com certeza, mas esse choro está com cara de frauda suja.
Subiram as escadas as pressas para verificar e Helena estava certa, as duas tinham sujado as fraudas. Mas Ricardo era muito prestativo, enquanto Helena trocava Beatriz, ele trocava Clara. Logo as pequenas voltaram a dormir.
-Vamos lanchar?-disse Helena abraçando Ricardo.
-Sim, antes que elas acordem novamente.
O quarto das novas integrantes da família já estava pronto desde que souberam o sexo das gêmeas. A parede que se encontrava do lado oposto a porta estava pintada de lilás, as outras de branco. Havia quadros pintados por Helena, uma artesã de mão cheia, nas paredes. Os berços se encontravam encostados na parede lilás. A cortina, também lilás, trazia desenhos de duas meninas idênticas brincando. O guarda-roupa, perto da porta, a cômoda com o trocador, do lado oposto a janela, a poltrona do lado da mesma aguardavam a chegada das pequenas irmãs Clara e Beatriz.
A chegada foi acompanhada apenas de Ricardo e Helena com as meninas, que já traziam em seus finos pulsos as pulseirinhas com seus nomes para não haver confusão.
-Como estou feliz com o nascimento das nossas filhas, peço a Deus que elas se tornem meninas incríveis e de muita responsabilidade. –dizia Ricardo ao entra com pé direito no quarto das gêmeas, onde colocara na porta a mesma plaquinha que pusera na porta do quarto do hospital.
-Sim querido, basta educarmos e criarmos as meninas com muito amor e carinho. –respondeu Helena.
Clara começou a chorar e berrar de olhos e mãos fechados, o que mostrava que estava com cólica.
Helena que a segurava sorriu e começou a lhe dar o leite materno, já que não podia dar chá. Após dois minutos, Clara já estava tranqüila e dormindo.
No entanto Beatriz começou a chorar e berrar da mesma forma que Clara havia feito há uns quatro minutos atrás. Helena fez o mesmo que fez com Clara.
Com as gêmeas dormindo, Helena foi tomar um banho enquanto seu marido fazia um lanche bem natural para os dois, pois já não agüentavam mais a comida sem sal do hospital.
Saindo do banho, ela foi direto para a cozinha.
-Estou bem melhor agora!-disse
-Sente-se, fiz lanche para nós dois.
-Obrigada.
-De nada, sempre faço lanche para...
Ricardo foi interrompido por um beijo de sua amada esposa.
-Não estou agradecendo pelo lanche, mas sim pelas filhas lindas que você me deu.
-Eu te amo mais que tudo nessa vida, porque você e as meninas são a minha vida.
-Eu te amo para todo o sempre.
Nesse instante ouviram choro.
-Temos uma longa jornada pela frente hein. -disse Ricardo
-Com certeza, mas esse choro está com cara de frauda suja.
Subiram as escadas as pressas para verificar e Helena estava certa, as duas tinham sujado as fraudas. Mas Ricardo era muito prestativo, enquanto Helena trocava Beatriz, ele trocava Clara. Logo as pequenas voltaram a dormir.
-Vamos lanchar?-disse Helena abraçando Ricardo.
-Sim, antes que elas acordem novamente.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Capítulo 1 - O nascimento
15 de julho de 1990 era um domingo ensolarado. Helena acordara disposta, encheu seu marido, Ricardo, de beijos lá pelas seis da manhã, um horário cedo para um domingo.
-Bom dia amor!-disse Helena
-Bom dia querida, mas está cedo. Vamos ficar na cama mais umas três horas?
-Ah não estou com sono! Fique você. Vou me levantar.
-Se você prefere assim...
E assim fez Helena, com aquele barrigão de quase nove meses, se levantou e foi tomar banho. Após fazê-lo desceu as escadas devagar e dirigiu-se a cozinha para tomar um reforçado café. Não sentia dores, mas uma disposição de limpar toda a casa, que era grande, mas simples, construída com muito esforço dela e de seu amado marido.
Quando Ricardo acordou, Helena já havia limpado todos os cômodos da parte inferior da casa e quase todos da parte superior, faltando apenas a suíte do casal.
-Amor que disposição!-Surpreendeu-se o marido.
-Ah não sei... Ai!-Gritou a mulher - Acho q a bolsa estourou.
Começou a correria, Ricardo foi ao quarto das gêmeas para apanhar a mala que já estava pronta, pegou a chave do carro e os documentos e tratou logo de colocar Helena no carro.
No hospital, as enfermeiras já se encarregaram de levá-la ao centro cirúrgico onde o médico a esperava.
-Muita calma, respira fundo que uma já está nascendo. –disse o médico.
E foi o que aconteceu, nasceu uma e depois de mais gritos de dor nasceu a outra. Duas meninas lindas.
Os pais de Helena e Ricardo chegaram ao hospital quando as gêmeas já estavam no quarto com eles, tinham acabado de mamar. Na porta estava a plaquinha onde trazia escrito: BEM-VINDOS AO QUARTO DE CLARA E BEATRIZ.
As gêmeas era a alegria da família onde ambos os avós estavam tendo essa graça pela primeira vez e logo de cara em dobro.
-Bom dia amor!-disse Helena
-Bom dia querida, mas está cedo. Vamos ficar na cama mais umas três horas?
-Ah não estou com sono! Fique você. Vou me levantar.
-Se você prefere assim...
E assim fez Helena, com aquele barrigão de quase nove meses, se levantou e foi tomar banho. Após fazê-lo desceu as escadas devagar e dirigiu-se a cozinha para tomar um reforçado café. Não sentia dores, mas uma disposição de limpar toda a casa, que era grande, mas simples, construída com muito esforço dela e de seu amado marido.
Quando Ricardo acordou, Helena já havia limpado todos os cômodos da parte inferior da casa e quase todos da parte superior, faltando apenas a suíte do casal.
-Amor que disposição!-Surpreendeu-se o marido.
-Ah não sei... Ai!-Gritou a mulher - Acho q a bolsa estourou.
Começou a correria, Ricardo foi ao quarto das gêmeas para apanhar a mala que já estava pronta, pegou a chave do carro e os documentos e tratou logo de colocar Helena no carro.
No hospital, as enfermeiras já se encarregaram de levá-la ao centro cirúrgico onde o médico a esperava.
-Muita calma, respira fundo que uma já está nascendo. –disse o médico.
E foi o que aconteceu, nasceu uma e depois de mais gritos de dor nasceu a outra. Duas meninas lindas.
Os pais de Helena e Ricardo chegaram ao hospital quando as gêmeas já estavam no quarto com eles, tinham acabado de mamar. Na porta estava a plaquinha onde trazia escrito: BEM-VINDOS AO QUARTO DE CLARA E BEATRIZ.
As gêmeas era a alegria da família onde ambos os avós estavam tendo essa graça pela primeira vez e logo de cara em dobro.
Introdução
Os capítulos que seguirão tratam-se da história de duas irmãs gêmeas Clara e Beatriz, que viverão aventuras surpreendentes durante suas vidas e demonstrarão um Laço de Extrema Amizade que as tornarão mais maduras e felizes.
Estou muito feliz de poder escrever essa história que confesso não que não está totalmente pronta, mas muitas idéias surgem em minha grande imaginação. Com essa história distraio-me fazendo com que as pessoas leiam as sinceras palavras que vão se transformando em uma linda história.
Agredeço desde já ao apoio de todos.
A autora.
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